A Amazon impõe o retorno pleno dos funcionários corporativos ao escritório, abandonando sua política híbrida pós-pandemia, que permitia a presença apenas três dias na semana.
O CEO Andy Jassy anunciou a nova política na segunda-feira, 16 de setembro, afirmando que a mudança é vital para que os funcionários possam “inventar, colaborar e manter-se conectados com a cultura, garantindo o melhor atendimento aos clientes e o sucesso da empresa”.
A nova diretriz entrará em vigor a partir de 2 de janeiro de 2025.
Jassy reiterou a importância da presença física no escritório para aprimorar a cultura corporativa
Jassy já defendeu a necessidade do retorno ao escritório, afirmando que a presença física é essencial para a cultura da empresa.
“Não é uma tarefa simples reintegrar milhares de funcionários aos nossos escritórios globais, por isso concederemos às equipes envolvidas o tempo necessário para elaborar um plano adequado”, declarou Jassy em um memorando de 2023.
Mais de um ano depois, ele reforçou essa visão no memorando recente, alegando que “as vantagens da convivência no escritório são substanciais”, e observou que “é mais fácil para os colaboradores aprender, modelar, praticar e fortalecer nossa cultura; colaborar, fazer brainstorming e inovar torna-se mais simples e eficaz; o ensino e aprendizado mútuo são mais integrados; e as equipes tendem a estabelecer conexões mais profundas entre si”.
A adesão à nova política da Amazon será crucial para as promoções, e exceções ao trabalho remoto exigirão aprovação adicional da liderança
O não cumprimento da política vigente poderá comprometer as perspectivas de promoção dos funcionários da Amazon, e qualquer exceção ao trabalho remoto necessitará de uma camada suplementar de aprovação da liderança.
A decisão da Amazon gerou resistência significativa entre os funcionários, com uma greve ocorrendo na sede de Seattle no ano passado, onde os trabalhadores manifestaram descontentamento, incluindo a exigência de presença no escritório pelo menos três dias na semana. Esta greve, em maio de 2023, seguiu-se a uma série de demissões que totalizaram cerca de 27.000 funcionários.
Enquanto algumas indústrias, como Wall Street, têm pressionado pelo retorno total ao escritório, a maioria das empresas abandonou a exigência de cinco dias presenciais. Apenas 4% dos CEOs nos EUA e globalmente, no início do ano, afirmaram priorizar a reintegração integral dos trabalhadores ao escritório, conforme levantamento do The Conference Board.