‘Ficamos perplexos’, diz secretário de segurança do ES sobre caso de adolescente jogado de ponte por PMs
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‘Ficamos perplexos’, diz secretário de segurança do ES sobre caso de adolescente jogado de ponte por PMs

Kaylan Ladário dos Santos, de 17 anos, foi encontrado morto no dia 18 de fevereiro. Policiais envolvidos no caso já estão presos. Para secretário, o vídeo que mostra os militares com o jovem na Segunda Ponte é ‘uma prova muito robusta’ do que O secretário de Estado de Segurança Pública do Espírito Santo, Leonardo Damasceno, classificou como “perplexo” o sentimento diante das imagens que mostram a viatura da Polícia Militar parada na Segunda Ponte, em Cariacica, instantes antes de Kaylan Ladário dos Santos, de 17 anos, aparecer se debatendo na água. O jovem foi encontrado morto no dia 18 de fevereiro.
O cabo Franklin Castão Pereira e os soldados Luan Eduardo Pompermaier Silva e Leonardo Gonçalves Machado estão presos e são acusados de homicídio. O Portal não conseguiu localizar as defesas dos três policiais.
O caso está sendo investigado como homicídio. Os três policiais militares foram indiciados pela Polícia Civil, denunciados pelo Ministério Público e tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, no dia 28 de maio.

“Recebemos essa notícia com perplexidade. Tomei conhecimento junto com o público, quando o vídeo veio à tona. A Polícia Civil já havia concluído o inquérito, o Ministério Público já tinha oferecido denúncia e a Justiça decretado a prisão dos envolvidos. O sistema funcionou como deve funcionar”, disse O vídeo citado pelo secretário mostra o momento em que objetos são arremessados da ponte e, na sequência, o adolescente aparece se debatendo na água. O delegado do caso, Eduardo Cadu, falou com o secretário sobre o “Eu conversei com o delegado Eduardo Cadu e ele me informou que o vídeo é claríssimo, no sentido de que é a viatura, são os policiais e é aquele momento mesmo que retrata o que aconteceu”, afirmou o secretário.

Damasceno reforça que, mesmo que não se comprove que os policiais jogaram o jovem da ponte, havia obrigação de prestar socorro.
Não tem justificativa nenhuma para aquele comportamento. Mesmo no caso de qualquer outra hipótese, eles deveriam também ter prestado socorro àquele rapaz que estava se debatendo na água. Então de uma maneira ou de outra o caso tem uma prova muito robusta”
— Leonardo Damasceno, secretário de segurança
De acordo com o secretário, o laudo da Polícia Científica aponta que Kaylan morreu por Versões mudaram após o vídeo

O secretário confirmou que os policiais foram ouvidos duas vezes durante a investigação. Na primeira ocasião, apresentaram uma versão para o caso, depois do surgimento do vídeo optaram pelo silêncio.
A investigação também colheu depoimentos de trabalhadores que estavam em uma obra nas proximidades da ponte, o que reforçou a reconstituição dos fatos.
O vídeo anexado ao processo que apura a morte de Kaylan Ladário dos Santos, de 17 anos, na madrugada do dia 18 de fevereiro, mostra os três policiais militares acusados de homicídio, com o adolescente, em cima da Segunda Ponte, que liga os municípios de Vitória, Vila Velha e Cariacica.
As imagens mostram o carro da Polícia Militar parado na ponte, com Kaylan e os policiais ao redor. O adolescente aparece encostado no parapeito. Em certo momento, um objeto é lançado na água por um dos PMs.
A câmera de videomonitoramento se movimenta. Quando volta a mostrar o mesmo ponto, o carro da polícia está deixando o local e adolescente não está mais na ponte. Segundo a família, o jovem foi jogado no Na decisão que manteve os policiais presos, o juiz Alexandre Pacheco Carreira ressaltou que os acusados “não agiram com a ética policial militar, consistente na preservação da ordem pública e na defesa da sociedade, com respeito aos direitos humanos e à lei”.
O magistrado destacou que “estamos diante de um crime de extrema relevância e periculosidade – homicídio qualificado na modalidade consumada”.
Vídeo mostra policiais e viatura na ponte no dia da morte de Kaylan Ladário. Espírito Santo.
Além disso, mencionou que os fatos denotam a periculosidade e ousadia dos acusados, sobretudo por serem policiais militares no exercício da função e que se valeram desta condição para o cometimento do “Segundo apurado, a vítima Kaylan Ladário dos Santos teria se debatido nas águas em uma tentativa de sobreviver, porém não conseguiu evitar o seu afogamento, vindo a óbito, e os autores nada teriam feito para salvá-lo”, apontou o juiz.

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Maryhanderson Ramos Ovil
Jornalista e redatora, publicitária

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