A Proprietária do ChatGPT Anuncia Investimento Sem Precedentes do Vale do Silício — Urge Surpreender
ECONOMIA

A Proprietária do ChatGPT Anuncia Investimento Sem Precedentes do Vale do Silício — Urge Surpreender

A OpenAI desponta como uma potencial reencarnação do Google, a vanguarda disruptiva, o eliminador do tédio no ambiente corporativo do capitalismo tardio, entre outras inovações.

Neste ínterim, à medida que a startup transita de um laboratório de pesquisa sem fins lucrativos para uma proeminente potência em IA lucrativa, torna-se imperativo examinar a OpenAI e sua liderança frequentemente caótica sob um crivo rigoroso.

Se admitirmos a premissa fundamental da OpenAI de que a inteligência artificial superior à humana é inevitável e que ela é a marca ideal para capitalizar tal potencial, cabe refletir sobre aquela antiga indagação empresarial.

A OpenAI, a proponente do ChatGPT, anunciou uma histórica rodada de financiamento privado no montante de US$ 6,6 bilhões, a maior já registrada no Vale do Silício, conferindo à empresa uma valuation de US$ 157 bilhões, apesar de um horizonte de lucratividade vagamente delineado.

Entre os recentes investidores da OpenAI, destacam-se titãs da tecnologia, como Microsoft, que já aportou mais de US$ 13 bilhões desde 2019, Thrive Capital, Nvidia, Ark Investment Management, sob a direção de Cathie Wood, e o conglomerado japonês SoftBank.

Importa ressaltar que a Apple, em negociações para se unir a este leque de investidores, optou por retirar-se na última hora, segundo informações do The Wall Street Journal.

A razão pela qual a Apple, que não se manifestou ao pedido de comentário da CNN, aparentemente desistiu permanece obscura. A fabricante do iPhone, conhecida por realizar parcerias estratégicas limitadas, suscita inquietações.

Não é necessário um MBA para detectar os sinais de alerta que emergem tanto nas operações da OpenAI quanto na verdadeira valorização de sua tecnologia. Uma questão se impõe com clareza: a empresa está dispendendo consideravelmente mais do que arrecada, conforme reportado pelo New York Times.

A OpenAI projeta um faturamento aproximado de US$ 3,7 bilhões para o corrente ano, sendo essa receita oriunda principalmente de assinaturas premium do ChatGPT e do licenciamento de sua tecnologia a desenvolvedores externos.

Entretanto, estima-se que, de forma conservadora, os custos possam alcançar a cifra de US$ 5 bilhões, conforme noticiado pelo Times.

Embora esses números não sejam encorajadores, não necessariamente configuram um obstáculo intransponível para uma startup jovem e promissora que abriga ambições tão grandiosas quanto as da OpenAI.

 

Neste ponto, as previsões tornam-se notoriamente ousadas:

A OpenAI projeta que sua receita triplicará no próximo ano, alcançando US$ 11,6 bilhões. (Com todo o respeito, realmente?) E até 2029, a empresa antecipa vendas que atingirão a marca impressionante de US$ 100 bilhões, representando um aumento superior a 2.600% nos próximos cinco anos. (Novamente: Sério?!)

Contudo, permanece obscuro como, ou se, a OpenAI está implementando estratégias para mitigar sua considerável queima de caixa. (A companhia optou por não comentar sobre o assunto ao Times e à CNN.)

 

Ao indagar a Gil Luria, diretor administrativo do grupo de investimentos DA Davidson, sobre a solidez do meu ceticismo em relação à OpenAI, ele respondeu com cortesia:

“O trajeto de US$ 0 em receita a quase US$ 4 bilhões foi indiscutivelmente o mais veloz da história”, afirmou Luria. “Nunca houve um crescimento tão acelerado em tal escala, e estão repetindo esse feito desde o início, apenas com as primeiras iterações de seu portfólio de produtos.”

Entretanto, Luria salientou que, para alcançar os US$ 11 bilhões em receita, “muitas variáveis precisam alinhar-se favoravelmente, e um número reduzido de fatores pode falhar.”

No que tange à previsão de US$ 100 bilhões para 2029, ele adverte: “Trata-se de uma utopia; não reflete a realidade.”

Uma via pela qual a OpenAI poderia aprimorar suas margens seria mediante a redução de custos.

Ainda que se torne cada vez mais exaustiva, há um intrincado enigma econômico no âmago da indústria de inteligência artificial generativa: o treinamento e a operação de grandes modelos de linguagem implicam custos exorbitantes, um fator estrutural que distingue essa era de outros ciclos tecnológicos, conforme observado pela CNBC no ano transato.

Em termos mais simples, quanto maior o número de usuários do ChatGPT, mais elevados se tornam os custos em “computação”, como é comumente designado na indústria. A execução desses vastos modelos de linguagem demanda uma quantidade significativa de semicondutores sofisticados, alocados em data centers monumentais e vorazes em eletricidade.

Não é surpreendente, portanto, que praticamente todos os grandes players da IA estejam ávidos para explorar a tradicional energia nuclear (como mencionei anteriormente nesta semana).

Entretanto, a economia da IA é apenas uma fração dos desafios que a OpenAI enfrenta. Ademais, persiste uma verdadeira novela digna de uma série da Bravo, envolvendo seus fundadores, a maioria dos quais já se afastou, e o conselho de administração.

A OpenAI foi fundada em 2015 pelo CEO Sam Altman e outros dez cofundadores como uma organização sem fins lucrativos, com a nobre missão de “construir uma inteligência artificial geral segura e benéfica para o bem da humanidade”.

Subsequentemente, a entidade evoluiu para um híbrido, configurando-se como uma empresa lucrativa sob a direção de um conselho sem fins lucrativos.

Atualmente, com um quadro de 1.700 colaboradores, a empresa está prestes a descontinuar em grande medida sua faceta sem fins lucrativos e efetuar a transição para uma “corporação de benefício público”, que se assemelha a um empreendimento lucrativo com uma vocação benéfica.

No contexto dessa metamorfose, uma série de executivos abandonou a organização, suscitando dúvidas sobre o compromisso de Altman com a missão original da instituição, especialmente diante de uma abundância de recursos financeiros.

Agora, munida de novo capital, a OpenAI pode concentrar-se na próxima iteração do ChatGPT, a qual, segundo Luria, representa uma das Grandes Coisas que precisam prosperar para a companhia. Independentemente de como se apresente o futuro produto da OpenAI, é imperativo que nos surpreenda.

 

“Caso o GPT-5 não represente uma melhoria de ordem de magnitude em relação ao GPT-4, as perspectivas da empresa se restringirão significativamente”, afirmou ele.

“Se transitamos de um modelo tão inteligente quanto um estudante do ensino médio para um GPT-4, que se assemelha à inteligência de um estudante de doutorado, a próxima versão deve nos aproximar de um modelo que supere a capacidade cognitiva de qualquer ser humano, justificando assim o investimento.”

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