Cartilha instrui sobre a abordagem da saúde mental com crianças e adolescentes
- Usar linguagem simples e clara, adaptada à idade e evitando termos técnicos que a criança possa ter dificuldade para entender;
- Ser aberto e acessível, criando um ambiente onde a criança se sinta segura para falar sobre seus sentimentos sem julgamentos;
- Utilize histórias, livros, filmes, desenhos para ilustrar pontos sobre saúde mental de forma que seja compreensível para a idade da criança;
- Normalize os sentimentos e explique que é normal sentir emoções como tristeza, raiva e alegria;
- Ensine estratégias de enfrentamento, com ferramentas práticas para lidar com as emoções, como respiração profunda, contar até dez ou falar com um adulto de confiança — e, em casos necessários, profissionais de saúde;
- Incentive a expressão emocional, encorajando a criança ou o adolescente a falar sobre como se sente e expressar seus sentimentos;
- Reforce qualidades e conquistas da criança, ajudando-a a desenvolver a autoestima.
Quando buscar auxílio profissional?
O documento orienta os pais a manterem vigilância sobre sinais de transtornos mentais, como mudanças repentinas de comportamento. Outros indícios preocupantes incluem tristeza persistente, perda de interesse por atividades previamente prazerosas, alterações no apetite e no sono, além de reclamações frequentes na escola.
Em casos de problemas persistentes ou graves, a ABP aconselha a consulta com um psiquiatra especializado em infância e adolescência. “Observe as reações da criança ou adolescente, mantenha a rotina e esteja atento a mudanças no comportamento ou humor que possam sinalizar dificuldades na assimilação das informações. Se necessário, busque ajuda especializada”, orienta o documento.
Para estimular o engajamento no tratamento, é aconselhável explicar que o profissional poderá auxiliar no manejo das emoções, além de que medicamentos e atividades, como esportes e lazer, também podem ser benéficos.