Um estudo recente, conduzido pelos pesquisadores Iballa Burunat, Daniel Levitin e Petri Toiviainen da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, aprofundou-se na compreensão dos intrincados mecanismos cerebrais envolvidos na experiência musical. Publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS), a pesquisa investigou como o cérebro humano percebe as transições musicais e a influência do treinamento musical nesse processo. Utilizando imagens de ressonância magnética funcional, os cientistas analisaram as respostas cerebrais de 18 músicos e 18 não músicos ao escutar peças musicais, visando elucidar como o fraseado musical é processado e se a prática musical altera essa percepção.
Como foi feito o estudo sobre música e cérebro?
Os pesquisadores propuseram que, assim como segmentamos a linguagem falada em frases para compreender seu significado, a estrutura e o fluxo de uma composição musical devem ser analisados para proporcionar prazer auditivo. Para testar essa premissa, os participantes foram submetidos a ressonâncias magnéticas funcionais, permitindo a observação em tempo real das áreas cerebrais ativadas durante a audição musical, e facilitando a comparação entre a percepção musical e o processamento linguístico.
A equipe escolheu três gêneros musicais distintos para mitigar viéses estilísticos e aproveitar a variedade melódica, possibilitando conclusões mais amplas sobre a resposta dos participantes à música, em vez de focar apenas em um gênero específico.