COP29: Brasil Destaca-se na Energia Renovável e Demonstra sua Habilidade Diplomática!
BRASILEDUCAÇÃO

COP29: Brasil Destaca-se na Energia Renovável e Demonstra sua Habilidade Diplomática!

No ano de 2023, a concentração de gases de efeito estufa atingiu índices alarmantes, conforme dados divulgados pela Organização das Nações Unidas. O dióxido de carbono, um dos principais responsáveis pela aceleração do aquecimento global, é responsável por aproximadamente 64% do impacto climático.

Este quadro, de acordo com especialistas renomados, configura uma situação de extrema gravidade. Para reverter essa trajetória, é imperativo que se intensifiquem os investimentos em uma transição energética que priorize fontes limpas e sustentáveis.

José Magalhães, CEO da Honeywell para a América Latina, elucidou com precisão o caminho a ser seguido: “A forma mais célere e eficaz para mitigar o aquecimento global que assola o planeta é por meio do que denominamos de transição energética, que visa substituir os combustíveis fósseis, responsáveis pela emissão de grandes volumes de carbono na atmosfera, por alternativas que, embora emitam carbono, o fazem de maneira renovável. Este carbono se reintegra a um ciclo de reutilização”, esclareceu.

Este processo de transição implica, assim, substituir fontes tradicionais de energia, como o petróleo e o carvão, por alternativas mais limpas, como a solar, eólica e hídrica, proporcionando benefícios substanciais ao meio ambiente.

Contudo, como salientado por Magalhães, é essencial que “empresas e governos encontrem um equilíbrio entre os investimentos necessários para impulsionar a transição energética e os retornos esperados, de modo que tais avanços não comprometam a qualidade de vida da população.”

 

Hidrelétrica de Itaipu • 11/10/2021 REUTERS/Cesar Olmedo

 

A partir de 11 de novembro, o Azerbaijão será palco de discussões cruciais durante a COP29, onde serão abordados, com profundidade, aspectos da transição energética e a adaptação às mudanças climáticas que ameaçam a estabilidade global. Entre as questões mais inquietantes que surgem no debate internacional, destaca-se a indefinição em torno do novo fluxo de recursos financeiros de países desenvolvidos para nações em desenvolvimento. A meta estabelecida de US$ 100 bilhões anuais entre 2020 e 2025, embora ambiciosa, foi apenas parcialmente alcançada até o momento, o que deixa os especialistas preocupados quanto à efetividade de tais compromissos.

Kátia Fenyves, renomada especialista em mudanças climáticas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Brasil, pontua uma reflexão de extrema relevância para a cúpula: “Na COP29, o Brasil tem um papel central ao questionar a identificação dos combustíveis fósseis como protagonistas na crise climática que enfrentamos. Como, a partir de agora, podemos realizar uma transição que seja ao mesmo tempo eficiente e justa?”, indaga, refletindo a urgência de uma adaptação equitativa às adversidades climáticas.

No entanto, o Brasil se destaca como um modelo de resiliência e liderança nesse cenário global. Sua matriz energética é composta por impressionantes 84% de fontes renováveis, cifra que ultrapassa em larga escala a média dos países do G20, que gira em torno de 29%. Dentro desse contexto, a energia solar emerge como uma das maiores fontes de produção nacional, representando 90% da capacidade instalada, apenas superada por potências como China, Estados Unidos e Alemanha. Além disso, o país ainda conta com fontes complementares de energia renovável, como a eólica e a hídrica.

O cientista e climatologista Carlos Nobre, ao compartilhar suas observações, reforça a relevância do Brasil em um contexto mais amplo: “O Brasil possui um imenso potencial para extrair energia renovável dos oceanos. Embora o potencial de crescimento seja vasto, já é possível perceber que a energia solar e eólica se apresentam como alternativas mais econômicas, com custos cerca de um terço dos derivados de combustíveis fósseis. Além disso, estas fontes energéticas geram consideravelmente mais empregos, o que se traduz em benefícios para a sociedade como um todo. Elas são economicamente viáveis e, no setor industrial, possibilitam uma redução substancial dos custos operacionais”, argumenta, sublinhando a eficiência econômica e social dessas alternativas.

Assim, o Brasil se posiciona não apenas como protagonista na transição energética, mas também como exemplo de que o alinhamento com soluções inovadoras e sustentáveis pode gerar crescimento econômico, reduzir desigualdades e, ao mesmo tempo, mitigar os impactos da crise climática global.

Qual Sua Reação?

Alegre
0
Feliz
0
Amando
0
Normal
0
Triste
0

You may also like

More in:BRASIL

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *