Indicador Antecedente de Emprego permanece estável em outubro, segundo FGV
ECONOMIA

Indicador Antecedente de Emprego permanece estável em outubro, segundo FGV

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do Brasil manteve-se inalterado no mês de outubro, após apresentar sua segunda retração anual em setembro, conforme relatório divulgado nesta segunda-feira (4) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Este índice, projetado para antecipar as trajetórias do mercado de trabalho brasileiro, estabilizou-se em 81,7 pontos em outubro, sucedendo uma queda de 1,4 ponto registrada no mês anterior. A análise atual sugere um cenário de desaceleração moderada no mercado laboral à medida que nos aproximamos de 2025.

“O quadro de estabilidade identificado em outubro indica um compasso mais cauteloso no mercado de trabalho para o final deste ano,” afirmou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE, em comunicado oficial. Ele acrescentou: “Ainda que os últimos meses tenham apresentado resultados menos alentadores, o balanço anual permanece positivo, posicionando-se 4,4 pontos acima do patamar final de 2023.”

A análise dos componentes que constituem o IAEmp revela incremento em quatro dos sete itens avaliados. O destaque recai sobre o índice de Tendência dos Negócios no setor de serviços, que registrou elevação de 0,6 ponto, evidenciando um panorama otimista para o setor.

O destaque negativo do índice ficou a cargo do indicador de Tendência dos Negócios no setor industrial, que registrou retração de 0,8 ponto, refletindo o impacto das recentes condições macroeconômicas sobre a confiança do setor.

“A desaceleração do ritmo econômico, somada à retomada do ciclo de elevação da taxa de juros, constituem fatores que influenciam desfavoravelmente a evolução do indicador. Os resultados futuros serão cruciais para verificar se estamos diante de uma inversão da tendência ou de uma simples acomodação do IAEmp,” afirmou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE, em nota.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deu início, em setembro, a um novo ciclo de aperto monetário ao elevar a taxa Selic em 25 pontos-base, posicionando-a em 10,75% ao ano. O ajuste foi justificado pelo superaquecimento da atividade econômica e pelos riscos inflacionários em alta.

Para o próximo encontro do Copom, programado para os dias 5 e 6 de novembro, operadores de mercado aguardam que o comitê opte por um novo incremento de 50 pontos-base na taxa de juros, em resposta aos desdobramentos do cenário econômico e aos desafios persistentes de controle inflacionário.

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