O Impacto Mortífero do Consumo de Alimentos Ultra Processados no Brasil: Uma Tragédia Diária
Pesquisa revela que o Brasil desembolsa, anualmente, ao menos R$ 10,4 bilhões em decorrência dos danos à saúde provocados pelos alimentos ultraprocessados
Os Custos Indiretos do Consumo de Alimentos Ultraprocessados
De acordo com os dados do levantamento, a economia nacional sofre uma perda anual de R$ 9,2 bilhões em razão da mortalidade prematura relacionada ao consumo de alimentos ultraprocessados. Estes custos emergem da saída de indivíduos em idade produtiva do mercado de trabalho, o que compromete a força laboral do país e provoca um impacto econômico significativo.
Dessa quantia, R$ 6,6 bilhões correspondem às perdas provocadas pela mortalidade prematura entre os homens, enquanto R$ 2,6 bilhões são atribuídos às mulheres. Vale ressaltar que esses números refletem, em parte, a maior taxa de mortalidade entre os homens, além da característica de que eles tendem a se aposentar em idade mais avançada, o que amplia o impacto econômico dessa tragédia.
Ademais, a pesquisa da Fiocruz aponta os Estados brasileiros com as maiores taxas de mortalidade precoce associadas ao consumo excessivo de ultraprocessados. O Rio Grande do Sul ocupa a posição de liderança, seguido de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Amapá, configurando um quadro alarmante de desigualdade regional nos efeitos dessa crise de saúde pública.