Países da OCDE Reduzem a Quantidade de Jovens NEET
Nos países da OCDE, a taxa média de jovens NEET reduziu-se de 15,8% em 2016 para 13,8% em 2023. No Brasil, a taxa, embora superior, também apresentou uma queda, passando de 29,4% para 24% no mesmo intervalo.
O relatório indica uma diminuição no número de jovens adultos sem o ensino médio completo. A redução da percentagem de indivíduos sem qualificação secundária superior—equivalente ao ensino médio brasileiro—tem sido uma meta prioritária em diversas nações. Entre 2016 e 2023, a taxa caiu em 28 dos 35 países membros da OCDE, destacando que a ausência dessa formação eleva significativamente o risco de exclusão social e laboral.
No Brasil, a diminuição foi igualmente notável. O percentual de pessoas entre 25 e 34 anos que não completaram o ensino médio reduziu-se em 8 pontos percentuais de 2016 a 2023.
No Brasil, 27% dos jovens permanecem sem a formação secundária, cifra que excede a média da OCDE, que é de 14%.
O relatório destaca que a ausência de escolaridade é um fator que dificulta a obtenção de emprego. No Brasil, 64% dos jovens de 25 a 34 anos sem ensino médio ou qualificação técnica estão empregados, em contraste com 75% daqueles que completaram essa etapa. As médias para os países da OCDE são, respectivamente, 61% e 79%.
Além disso, os salários dos trabalhadores sem essa formação tendem a ser inferiores.
Desigualdade de Gênero
Os dados disponíveis indicam que, em termos educacionais, meninas e mulheres superam meninos e homens em desempenho. Em todos os países membros da OCDE, as mulheres entre 25 e 34 anos têm igual ou maior probabilidade de possuir uma qualificação superior em comparação com seus pares masculinos.
No Brasil, essa tendência é corroborada: 28% das mulheres concluem o ensino superior, em contraste com 20% dos homens. Contudo, apesar da superioridade feminina na educação, a discrepância persiste no mercado de trabalho. Mulheres de 25 a 34 anos têm menor probabilidade de emprego em comparação aos homens.
No Brasil, apenas 44% das mulheres jovens com escolaridade abaixo do ensino médio estão empregadas, enquanto a taxa entre homens na mesma condição é de 80%. Nas médias da OCDE, as taxas correspondem a 47% e 72%, respectivamente.