Starbucks: A Greve Propaga-se para mais de 300 Lojas nos EUA, Afirma Sindicato
Mais de 5 mil Trabalhadores devem aderir ao Movimento antes que a Paralisação de Cinco Dias se Conclua na Véspera de Natal
A greve que assola a Starbucks encontra-se em vias de expansão para além de 300 lojas nos Estados Unidos nesta terça-feira, 24 de dezembro.
Estimam-se mais de 5 mil trabalhadores que se unirão ao movimento antes que a paralisação, iniciada na última sexta-feira, 20 de dezembro, se encerre na véspera de Natal, conforme asseverado pelo sindicato Workers United.
O Starbucks Workers United, que representa empregados de 525 estabelecimentos em todo o país, informou que mais de 60 unidades em 12 grandes metrópoles – incluindo Nova York, Los Angeles, Boston e Seattle – permaneceram em greve na segunda-feira, 23 de dezembro.
As negociações entre a Starbucks e o sindicato encontram-se em impasse devido a divergências persistentes em temas como salários, condições de pessoal e escalas de trabalho, levando à deflagração do movimento.
De acordo com o Workers United, a formalização de contratos sindicais possibilitaria a consolidação de melhores condições de trabalho, salários e benefícios, mitigando reduções unilaterais que hoje se fazem presentes.
A greve na véspera de Natal é considerada pelo sindicato como a maior já registrada na rede de cafeterias. “Essas greves são uma demonstração inicial de força, e estamos apenas começando”, afirmou um barista do Oregon em declaração publicada pelo sindicato.
Questionada sobre a situação, uma porta-voz da Starbucks remeteu-se a um comunicado divulgado pela empresa na segunda-feira, 23 de dezembro. O documento afirmou que entre 97% e 99% das lojas permanecem operando, com “impacto muito limitado” nas operações gerais. A Starbucks conta com mais de 10 mil lojas sob gestão direta nos EUA.
“Estamos preparados para retomar as negociações assim que o sindicato retornar à mesa de diálogo”, declarou a empresa.
A companhia, cuja sede se situa em Seattle, anteriormente afirmou que os representantes sindicais encerraram a sessão de negociações de forma prematura.
No início deste mês, o grupo de trabalhadores rejeitou uma proposta que não contemplava aumentos salariais imediatos, limitando-se a um ajuste de 1,5% ao longo dos próximos anos.
O sindicato também destacou que a Starbucks ainda não apresentou aos colaboradores “uma proposta econômica significativa e fundamentada”.